quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O início


E a nossa conversa foi até à uma hora da manhã, com direito a webcam e microfone. Ri, como fazia tempo que não o fazia. Resolvi que seria a primeira coisa do dia a fazer, antes de começar a pesquisar jurisprudência sobre inconstitucionalidade de quebra de sigilo bancário...esse detalhe mostra como a minha vida rodou,"Roda mundo, Roda gigante, Roda moinho,Roda peão". E sei sim como começar essa bagaça. Porque já que o pano de fundo principal tem que ser os anos rebeldes em Campinas, incluo o meu, que se inicia conhecendo a Di. Foi ela a culpada de tudo!!! Tô brincando, já era mera suspeita que tudo correria desse jeito. Pois quando resolvi ir pra Campinas foi justamente por causa da liberdade que tanto procurava. Não conhecia ninnguém , só um ser do jornalismo e um ser de Campo Grande, o já amigo Cris. Este último tinha passado no curso de música da Unicamp e nunca mais tive notícias. Não saía, mas ficava em casa curtindo o meu baseadinho. Andava pelo centro, frequentava os sebos e ia até num cinema tradicional que se localizava no centro de Campinas. Era isso, balada não, nem sabia o que se fazer nesses casos. Havia ido a um bar, que depois se tornou minha segunda casa "Delta Blues Bar", e como fazia tempo que não saía, consegui chamar a atenção da moça com os meus cabelos encaracolados na cara e os pés descalços, dançando loucamente na frente do palco. Foi lá que ela me viu ali pela primeira vez, e eu a vi na xérox da Puc-Central, estava lá xerocando sei lá o quê, enquanto ela estava comprando ingressos para uma festa no Jah. E eu comentei: -Putz queria ir nessa festa!, e ela daquele jeito Di de ser, sorrisão na cara: -Vamô com a gente! Onde vc mora? Eu moro ali perto do Giovanete, aquele na frente do Furlan....(anotou o telefone num papel), me liga!

Na mosca, comprei meu ingresso e fiquei na dúvida se poderia levar um baseado nessa parada. Mas levei-o, chegando no ap. da Di, conheci um monte de gente, ela me serviu um vinho e meio sem graça perguntei se podia bolar um...e ela:- Opa,vc é uma das minhas!!! E foi assim que tudo começou, e é assim que fiz muitos amigos em Campinas, e sem hipocrisia, é a melhor forma de se construir uma amizade! Depois desse dia, me dei tão bem com as pessoas do ap. da Di, que em menos de seis meses já estava morando lá....mas isso é pano pra manga pra outras histórias. Registrado.

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